A agroecologia é o ramo da agricultura que tem como base a sustentabilidade, que visa o cuidado com meio ambiente, sendo culturalmente sensível, socialmente justo e economicamente viável. Segundo Gliessman (2001) a agroecologia é um campo de conhecimento transdisciplinar que contém os princípios para o desenho e o manejo de agroecossistemas sustentáveis, onde a realidade socioeconômica e ecológica local é que define a forma de aplicação dos métodos, por meio da construção de conhecimentos de referência que podem vir inclusive a ajudar o desenvolvimento de outras experiências”.
Planta medicinal é aquela que possui em um ou em vários de seus órgãos, ou seja, nas folhas, caule, flores, frutos e raízes, substâncias utilizadas com finalidade terapêutica, as quais são conhecidas como “princípio ativo”. Estes incluem alcalóides, mucilagens, flavonóides, taninos, cumarinas, óleos essenciais, entre outros (CARVALHO, 2015).
Estas plantas quando utilizadas seguindo as recomendações de uso e dosagens adequadas, possuem propriedades fitoquímicas cicatrizantes, digestivas, respiratórias, antissépticas, entre outras. Apresentam ainda propriedades nutracêuticas, ou seja, com compostos bioativos que podem ser utilizados para suprir as necessidades do organismo (vitaminas, sais minerais, água e fibras) servindo para acentuar o sabor no preparo de refeições, contribuindo para a diminuição do uso exagerado de sal e açúcar, promover saciedade devido à riqueza em fibras e ainda colaborando na prevenção e controle do sobrepeso. Além disto, ao utilizarmos as plantas medicinais estamos valorizando e resgatando a cultura popular, as plantas são de fácil acesso a população, tem-se a possibilidade de preparo caseiro e por fim, são de baixo custo.
Desta maneira, o uso dos conhecimentos da agroecologia se relaciona muito bem com a produção de plantas medicinais, uma vez que não haverá o uso de agroquímicos e outras técnicas que são consideradas danosas ao meio ambiente e a saúde humana.