Menu principal
 

Campus consolida pesquisa científica multidisciplinar na VII FICE

terça-feira, 18 de outubro de 2016

aberturaA segunda etapa da VII Feira de Iniciação Científica e Extensão (FICE), promovida pelo campus Camboriú, consolidou a pesquisa científica multidisciplinar com a apresentação de 40 trabalhos de ensino, pesquisa e extensão, desenvolvidos por estudantes do ensino médio/médio profissionalizante, de instituições públicas e privadas. Durante a abertura do evento, a representante da coordenação-geral da VII FICE, Sanir da Conceição, falou sobre a importância da tríade “ensino, pesquisa e extensão”, na condução do processo educativo. “O campus tem consciência disso e busca a integralização do tripé”, destacou Sanir. O pró-reitor de Extensão, Fernando José Garbuio, corroborou com a coordenadora ao afirmar que esse é um dos grandes diferenciais do IFC. “Nós preparamos a formação completa dos estudantes”, completou.
Na oportunidade, a diretora de desenvolvimento educacional, Sirlei de Fátima Albino, contou aos participantes sobre o histórico da iniciação científica no IFC, desde a inserção na matriz curricular, nos anos de 2008 e 2009, ao processo de criação da Mostra Nacional de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar (Micti). “A Micti foi criada aqui no campus e depois passou a ser institucional e itinerante. Como o evento ganhou asas e saiu do IFC Camboriú, criamos a FICE”, contou Sirlei.
Após a abertura, os participantes conferiram a palestra do coordenador regional da Associação Brasileira de Incentivo à Ciência (ABRIC), Fabrízio Campos, que abordou a importância da iniciação científica júnior. O coordenador destacou a relevância das feiras na contribuição da formação dos alunos como pesquisadores e também como espaço para troca de experiências acadêmicas e vivências com outras pessoas. Hoje, como aluno de engenharia ambiental, Fabrízio conta que descobriu o que queria “fazer da vida” com a participação em feiras de ciência.
IMG_9421Professor convidado fala sobre iniciação científica júnior
Durante o segundo dia da VII FICE, os servidores do campus participaram da palestra com o professor Adriano de Oliveira, sobre o tema “Iniciação científica júnior: possibilidades e limites à instauração de um círculo virtuoso”. Durante o debate, Adriano abordou a relação entre orientador-orientando e a participação do docente no sentido de contribuir com a formação do aluno, atuando como autoridade dotada de conhecimento e não como ser autoritário. Os servidores aproveitaram a oportunidade para conversar sobre as dificuldades e desafios na articulação da pesquisa.
Conheça os trabalhos premiados na VII FICE
DSC01715A tão esperada premiação dos trabalhos, desenvolvidos pelo ensino médio técnico, aconteceu na manhã do dia 28/09. Na classificação geral, o primeiro lugar ficou com o trabalho de pesquisa intitulado “A experiência dos usuários e socializadores de cães-guia nos meios de hospedagem e estabelecimentos de alimentos e bebidas”, elaborado pelas alunas Eduarda Cristina Manenti, Heloiza Santos Jeziur e Nicolle Daniele Manenti, sob orientação da professora Marina Tété Vieira.
De acordo com a previsão do Edital do evento, o primeiro lugar geral da VII FICE é indicado para participar da 31ª Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), realizada anualmente pela Fundação Liberato, em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. O evento conta com a participação de 640 projetos de pesquisa (420 da Mostratec e 220 da Mostratec Júnior) do Brasil e de diversos outros países.
Além da Mostratec, oito trabalhos do campus foram selecionados para participar da IX Mostra Nacional de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar (IX Micti): 02 (dois) melhores trabalhos de pesquisa de ensino médio profissionalizante; 02 (dois) melhores trabalhos de pesquisa de ensino superior; 02 (dois) melhores trabalhos de extensão de ensino médio profissionalizante e 02 (dois) melhores trabalhos de extensão de ensino superior.
Confira a aqui a lista dos premiados na VII FICE (ensino médio/técnico) e aqui os trabalhos premiados do ensino superior. Parabéns, alunos e professores! Os trabalhos premiados farão parte da Revista FICE, uma edição especial que reunirá matérias jornalísticas e muita informação acadêmica. Aguardem!
Confira mais sobre alguns dos trabalhos realizados na VII FICE:
Relógio medicinal (Curso Técnico em Agropecuária)

O projeto de ensino “Relógio medicinal”, apresentado pelas alunas Giovana Gobbo Agnoletto, Hemelly Oliveira Silva e Samara Zanella, do curso Técnico em Agropecuária, sob orientação do professor Wilson José Morandi Filho, restaura a cultura das plantas medicinais e sua utilização no cuidado com a saúde.
De acordo com as estudantes, o relógio foi construído com base na medicina chinesa, que enxerga o funcionamento do corpo como um ciclo. “A cada duas horas é priorizada a energia de um órgão e, para isso, são utilizadas plantas diferentes que contribuem com o bom funcionamento de cada um dos órgãos”, destacou Giovana.
Quem quiser usufruir dos benefícios do relógio, basta entrar em contato com o professor Wilson para saber como obter as plantas medicinais.
O relógio medicinal foi construído em 2015, como parte do trabalho realizado no setor de Agroecologia, e está localizado à direita, logo após o pórtico de entrada do campus.

Horário Órgão Ação principal Planta medicinal
1h às 3h Fígado Produzir a bile, eliminar substâncias nocivas Alcachofra, Cardo mariano
3h às 5h Pulmão Fornecer oxigênio aos órgãos através do sangue Pulmonária, Violeta de jardinagem
5h às 7h Intestino grosso Reter a sobra dos alimentos, que junto com a água, formam as fezes Linhaça, Tansagem
7h às 9h Estômago Acumular os alimentos para que sofram a ação do suco gástrico Hortelã, Manjericão
9h às 11h Baço e pâncreas Relaciona-se com a circulação do sangue e com a produção de enzimas Pariparoba, Sete sangrias
11h às 13h Coração Bombear sangue para todo o organismo Alecrim, Pfáfia
13h às 15h Intestino delgado Os alimentos passam para a circulação linfática e sanguínea, sendo a seguir distribuído para todas as células do corpo Mil em rama, Funcho
15h às 17h Bexiga Receber e acumular urina Cavalinha, Malva
17h às 19h Rins Eliminar as impurezas do sangue, formando a urina Carqueja, Quebra-pedra
19h às 21h Circulação Corresponde ao aparelho circulatório, artérias e veias que carregam sangue para todo o corpo Arnica, Alcanfor
21h às 23h Sistema digestivo, respiratório e excretar Os três sistemas estão interligados e são fundamentais para manter o ser humano saudável. Os alimentos são necessários para produzir energia para trabalhar e para o funcionamento dos órgãos. O sangue leva a todos os órgãos e partes do corpo o alimento e oxigênio. Neste processo, o que é desnecessário deverá ser eliminado do corpo pelo sistema excretor. Sálvia, Tomilho
23h às 1h Vesícula biliar Acumular, armazenar e concentrar a bile Bardana, Dente-de-leão

* Dados do projeto de ensino
controle ambientalComitê da bacia hidrográfica do rio Camboriú: uma avaliação das percepções dos órgãos administrativos (Técnico em Controle Ambiental)
As alunas Giovanna S. Sardagna e Maria Eduarda F. Saraiva, do curso Técnico em Controle Ambiental, apresentaram durante a VII FICE uma pesquisa realizada para avaliar a percepção dos órgãos administrativos sobre o Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Camboriú . De acordo com as estudantes, embora os representantes demonstrem ter conhecimento sobre o CBH e a sua importância, ainda é preocupante a participação efetiva dos órgãos nas reuniões do Comitê.
“É fundamental que os órgãos administrativos auxiliem na divulgação das reuniões e das funções do Comitê para a sociedade, participando mais e atribuindo um reconhecimento maior a ele. É importante destacar que o Comitê faz uma ponte entre o desenvolvimento da cidade e a sustentabilidade”, finalizaram Giovanna e Maria Eduarda.
hospedagemPrevenção e controle de crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes nos meios de hospedagem em Balneário Camboriú (Técnico em Hospedagem)
Até 2010, Santa Catarina registrou 2.960 casos de exploração sexual de crianças e adolescentes nos meios de hospedagem. Para verificar como está a situação em Balneário Camboriú, as alunas do curso Técnico em Hospedagem, Tainã Cristiani Bilk e Talita Frida Machado, realizaram uma pesquisa para compreender as ações de agentes públicos e da iniciativa privada no controle e prevenção desses crimes na cidade.
Sob orientação da professora professora Letícia Lenzi, as estudantes aplicaram um questionário para 127 meios de hospedagem, sendo alcançadas 62 respostas. De acordo com as alunas, a pesquisa identificou que os meios não cumprem com as normativas e não possuem articulação para prevenção dos crimes. “Como prevenção, verificamos apenas a divulgação do folder sobre o “Disque Direitos Humanos – Disque 100”. Identificamos a necessidade de qualificação dos funcionários dos estabelecimentos para coibir a hospedagem de crianças sem o acompanhamento de responsáveis e também a necessidade de uma maior fiscalização pelos órgãos públicos em relação ao cumprimento da legislação”, concluíram Tainã e Talita.
informáticaUm aplicativo sobre violência: hora de falar! (Técnico em Informática)
Com o intuito de alertar e prevenir a violência, as alunas do curso Técnico em Informática, Gabriella O. de Souza , Isadora N. Savi, Jaqueline L. Palombo e Laryssa R. Zortea, sob orientação das professoras Ana Elisa Schmidt e Andréia Regina Bazzo, desenvolveram o aplicativo “Hora de falar”. Segundo as estudantes, a ideia central é diminuir os casos de agressões por meio de divulgação de locais potencialmente perigosos e realizar uma análise a respeito das ações nesses lugares. O aplicativo já está disponível na Play Store, mas está na fase de testes para verificar os ajustes necessários e realizar a implementação de melhorias.
 
Confira as fotos do evento: