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Campus participa de mobilização em defesa da educação

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

rogérioNo Dia Nacional em Defesa da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT), 29/09, todas as instituições que compõe a rede promoveram uma mobilização contra as medidas do governo federal que colocam em risco a educação no país. No Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Camboriú, o diretor-geral, Rogério Luís Kerber, em parceria com a mobilização realizada pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) – Seção Litoral, falou aos estudantes e servidores sobre os problemas que a educação pública está sofrendo no momento atual e os crescentes cortes orçamentários. “Para não precisarmos fechar cursos e campi, é uma obrigação nos posicionarmos contra essas medidas. Estamos em um movimento apartidário, a nossa luta é pela instituição e por mais de 1 milhão de estudantes atendidos pelos Institutos Federais (IFs)”, destacou o diretor-geral.
De acordo com Kerber, a ação de mobilização nacional foi planejada durante a 40ª Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), realizada em Vitória entre 23 e 27/09. No evento, os dirigentes das instituições elaboraram a “Carta de Vitória”, documento que expõe o posicionamento de reitores, pró-reitores e diretores-gerais sobre o atual contexto da educação brasileira, e esclarece os motivos pelos quais a mobilização se faz necessária no presente cenário nacional.
Durante a reunião com os estudantes e servidores, o diretor-geral realizou a leitura da “Carta de Vitória” e afirmou que os IFs estão comprometidos com a luta pela educação. “Em 2013, o IFC teve um orçamento de 81 milhões. Para 2017, a proposta orçamentária é de 43 milhões, ou seja, é unânime afirmarmos que com esse valor é praticamente impossível mantermos a estrutura de todos os campi funcionando”, afirmou.
Em função dos cortes e de outras medidas do governo federal, os dirigentes da Rede Federal decidiram organizar, no mês novembro deste ano, uma marcha em Brasília para sensibilizar os representantes do país a respeito da situação vivenciada pelos IFs. “Se for aprovada a proposta orçamentária, o recurso será insuficiente para manter os Institutos funcionando”, finalizou o diretor-geral do campus Camboriú.
DSC01729Durante a mobilização, os participantes acompanharam a explicação da professora Filomena Lucia Gossler Rodrigues da Silva a respeito da Medida Provisória (MP) nº 746/2016, que institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. A docente apresentou a MP e abordou, ponto a ponto, as principais mudanças na educação estabelecidas pela Medida.
Para Filomena, a MP forçará os municípios a assumir o ensino fundamental para liberar espaço nas escolas estaduais para que passam ofertar o ensino médio em período integral. Tal medida, de acordo com a professora, desconsidera as especificidades dos estudantes que precisam trabalhar e estudar. “A formação será precária, feita especialmente para não incentivar o questionamento e manter elitizado o acesso à educação. É hora de nos unirmos para batalharmos por uma formação integral, não em “período integral”, como propõe a Medida Provisória”, concluiu Filomena.
A mobilização continuou no período noturno, com a participação da reitora do IFC, Sônia Regina de Souza Fernandes, que falou aos estudantes e servidores sobre as principais medidas do governo e a decisão dos dirigentes em defesa da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT).