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Docente do IFC Camboriú relembra sua trajetória no Dia do Professor

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Dia-do-Professor-2018Em 15 de outubro, Dia do Professor, trazemos um pouco das mudanças desta profissão nos últimos anos. O Instituto Federal Catarinense (IFC) completa 10 anos de criação em dezembro deste ano. Entretanto sua atuação na educação remete a décadas anteriores, pois teve origem na integração das escolas agrotécnicas de Concórdia, Rio do Sul e Sombrio e dos colégios agrícolas de Araquari e Camboriú, que eram vinculados à Universidade Federal de Santa Catarina.
Durante esses anos, a profissão de professor passou por muitas mudanças, como relembra o professor Luiz Alberto Ferreira, do IFC Camboriú. Ferreira ingressou na instituição em 1982, no então Colégio Agrícola de Camboriú, e é um dos professores há mais tempo em exercício na instituição.
“Não é uma condição, às vezes muito desejável, ser lembrado como um dos professores mais antigos. Surpreendeu-me esta informação. Mas, se fosse pontuar alguns aspectos, eu destacaria, na minha trajetória, ocorrida da década de 80 para cá, a mudança na condição de acesso muito restrito à fonte de conhecimento, de produção de conhecimento e informação, limitações que nos colocavam às vezes como garimpeiros na busca de apostilas e conhecimentos de segunda mão que eram produzidos por outros professores e outras escolas, para que pudéssemos constituir material didático e fornecê-lo aos nossos alunos, assim como a dificuldade de reproduzir este material, porque contávamos com instrumentos precários. Nessa época, usávamos ainda mimeógrafos para produzir o material, manualmente, que seria disponibilizado aos estudantes”, revela o professor.
Com a chegada da internet, os professores também foram impactados e passaram a utilizar novas ferramentas para o processo de aprender e ensinar. “Nessa condição de 80 para hoje, o salto de produção de conhecimento e acesso à informação atingiu um nível inimaginável. A gente sequer pensou que poderia ter essa possibilidade que nós temos, como as ferramentas de pesquisa na internet, acesso à base de dados na palma da mão que se consegue ao se ter um celular. Essa facilidade de levar a biblioteca com você pelo mundo afora é, para os amantes do conhecimento, uma condição excepcional. Hoje vejo esse professor deste milênio mais como um curador de conhecimento. Ou seja, ele tem que buscar e selecionar, nesse universo de conhecimento, aquilo que acha fundamental e fazer que seus estudantes tenham acesso a essa informação”, aponta Ferreira.
Foto Luiz FerreiraPara acompanhar as mudanças tecnológicas, o profissional também teve de atualizar-se. Ferreira aponta como grande legado de sua vida profissional, no que respeita à produção de conhecimento, a oportunidade que a instituição concedeu-lhe, paralelamente à condição de trabalhador, de frequentar cursos de pós-graduação, cursos de formação e eventos que o elevaram à condição de professor pesquisador e, assim, ter autonomia para sentir-se à vontade e considerar-se como produtor de conhecimento. “Essa é uma honraria para todo docente, é um luxo para condição de professor em nosso país – e por que não no mundo? –, então eu me sinto privilegiado e agraciado, e gostaria que a condição que minha instituição me permitiu alçar como professor fosse a que todos pudessem ter para se realizar profissionalmente. Professores, essa é minha mensagem e meu agradecimento, acima de tudo, a minha instituição, Instituto Federal e Colégio Agrícola de Camboriú, e a todos que me ajudaram e que estão comigo. Estamos todos nessa trajetória”, finaliza.

Texto: Cecom/Reitoria – Rosiane Magalhães (apoio Cecom/Camboriú – Marília Massochin)
Arte: Cecom/Reitoria – Poliana Souza
Foto: arquivo pessoal