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Egresso conta trajetória de pesquisa iniciada no IFC

terça-feira, 20 de novembro de 2018

FOTO IFC - CópiaO que dizer quando um ex-aluno escreve um depoimento emocionante sobre o Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Camboriú? É, o bichinho da pesquisa picou mesmo Renan Michel de Oliveira Sacramento, formado aqui no curso Técnico em Agropecuária e agora estudante de Engenharia Química, na Universidade do Vale do Itajaí (Univali). “O adolescente carioca que, aos 14 anos possuía pouca ou nenhuma perspectiva de futuro baseado nas ciências, pesquisa e tecnologia” – como se descreveu Renan – entrou na universidade e deu continuidade aos estudos iniciados no IFC Camboriú, na disciplina de Iniciação científica.
Com a pesquisa “Efeitos dos extratos da macroalga Sargassum cymosum sobre a germinação de sementes de alfaces do tipo baby leaf”, orientado por Rodolfo Moresco, Renan foi selecionado para apresentação oral no evento conjunto II Simpósio Latino-Americano sobre Bioestimulantes na Agricultura e IX Reunião Brasileira sobre Indução de Resistência em Plantas a Patógenos, realizado em Florianópolis, na primeira quinzena deste mês. A pesquisa, de acordo com o egresso, sugere novas possibilidades de aplicação da biotecnologia marinha e propõe o desenvolvimento de um bioestimulante natural para potencializar de forma mais sustentável a produção agrícola e, consequentemente, a oferta de alimentos mais saudáveis.
O guri de 14 anos, que entrou em 2010 no IFC Camboriú, começou a trajetória como pesquisador logo na fase inicial do curso. “Eu precisava de ideias, meios e possibilidades de desenvolver a pesquisa científica, contudo, o primeiro desafio foi selecionar um orientador e o desafio se fazia não porque não houvesse professores capacitados para isso, pelo contrário, eram tantos profissionais em quem eu me inspirava, mas apenas um deles seria de fato o meu orientador, na verdade minha orientadora”, contou Renan. Eis que o estudante conheceu a Cristalina Yoshie Yoshimura, a Cristal. Ou, como ele mesmo chamou: a “mãefessora” e mentora.
E nessa jornada do bichinho da pesquisa, Renan contou com mais um amigo e os dois, orientados pela Cristal, iniciaram as pesquisas. “Éramos uma espécie de três mosqueteiros. O exímio conhecimento da professora acerca da ficologia (disciplina da biologia que estuda as algas) contribuiu para o primeiro trabalho científico intitulado: “Utilização de macroalgas arribadas na adubação orgânica”.
Com o trabalho, Renan conta que conheceu diferentes Estados e pessoas, além da oportunidade de participar de várias feiras científicas, com direito a premiação e tudo. “Ganhei algo que não tem preço: conhecimento! E é esse conhecimento que atualmente está me dando a oportunidade de me formar no curso de graduação em Engenharia Química, a partir de um trabalho de conclusão de curso baseado na pesquisa que iniciei há oito anos no IFC. O que mais eu poderia descrever sobre o local que me possibilitou alcançar tantas coisas? Deixo apenas o meu muito obrigado.”
* Na foto, o egresso exibe algumas das medalhas que conquistou em feiras como: IV FICE (1° lugar geral, 1º lugar na modalidade Ciências Agrárias; 2° lugar em redação do artigo e fundamentação científica) e também medalha de trabalho destaque na V MICTI, realizada na cidade de Rio do Sul. Crédito da imagem: arquivo pessoal do egresso.