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III Seminário de Gestão Pública Sustentável debate inovação, empreendedorismo e sustentabilidade no serviço público

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

aberturaAo som do violão e cantoria das alunas do Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Camboriú,  com interpretação na língua brasileira de sinais, o III Seminário de Gestão Pública Sustentável recebeu, no dia 01/12, as autoridades do Fórum de Gestão Integrada das Instituições Federais de Ensino de Santa Catarina (Forgifesc) e participantes para debater “Inovação, empreendedorismo e sustentabilidade no serviço público”, no auditório do campus Camboriú.
Durante a abertura, o coordenador do Forgifesc, Érico Madruga, destacou a importância da pauta do Seminário. “Estamos aqui para compartilhar as experiências, não para competir. A ideia do Fórum é a de que juntos somos mais fortes e conseguimos dar mais resultados para os nossos alunos, servidores e sociedade”, afirmou.
Em seu discurso, a reitora do IFC, Sônia Regina de Souza Fernandes, falou sobre proposta da temática do evento “Inovação, empreendedorismo e sustentabilidade” e afirmou que esses conceitos devem transcender a parte administrativa e tocar a dimensão humana. “Se o planeta está assim, isso é em função do que nós estamos fazendo. Podemos pensar juntos para melhorar o futuro. Devemos compartilhar e dividir ações bem-sucedidas para continuarmos com a educação pública e com a qualidade referenciada que tanto lutamos”, finalizou.
Mesa-redonda traz experiências das instituições em inovação, empreendedorismo e sustentabilidade
mesa redondaLogo após a abertura, uma mesa-redonda foi mediada pelo coordenador do Forgifesc para promover uma troca de experiências relativas à temática do evento, envolvendo a reitora do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Maria Clara Kaschny Schneider, o pró-reitor de pesquisa da Universidade de Santa Catarina (UFSC), Sebastião Roberto Soares, e a reitora do IFC, Sônia Regina de Souza Fernandes.
Durante o debate, a reitora do IFSC ressaltou que o principal conceito que precisa ser elaborado e reelaborado, quando trabalhamos de modo compartilhado, é a solidariedade. “Todos os avanços que tivemos foi com base no esforço coletivo”, disse.
No discurso, a reitora destacou algumas experiências positivas do IFSC, confira: 1) Término da obra de construção do campus Itajaí por edital na modalidade de Regime Diferenciado de Contratação (RDC) – Contratação Integrada; 2) Articulação entre o Plano Anual de Trabalho com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI); 3) Plano de oferta de cursos e vagas; 4) Projeto piloto de matrícula “Papel 0”: a matrícula foi realizada sem emitir cópias físicas de documentos; 5) Barco-escola: projeto que abrange a inclusão e a extensão, com a interação entre a instituição e comunidade pesqueira; 6) Proposta de “Prêmio IFSC de inovação”: possibilidade de intercâmbio de servidores com as universidades internacionais parceiras.
Para falar da experiência da UFSC, o pró-reitor de pesquisa, Sebastião Roberto Soares, afirmou que a gestão na universidade deve ser sempre pautada na parcimônia, tendo em vista que tudo é feito em grandes proporções. De acordo com Sebastião, desde 2013 a UFSC tem uma equipe para analisar as compras sustentáveis. “Esse grupo desenvolveu um manual de compras, que estabelece alguns elementos para fazer uma aquisição, levando em consideração a preocupação ambiental”, afirmou.
Para finalizar, a reitora do IFC, Sônia Regina de Souza Fernandes, apresentou as ações de alguns campi e as de âmbito institucional. Entre os apontamentos a reitora destacou a criação do Núcleo de Gestão Ambiental (NGA), reuniões via webconferência, utilização de materiais de divulgação recicláveis, licitações com critérios de sustentabilidade, adoção de e-books (o IFC não irá mais imprimir livros) e implantação do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA- IFC). “Com o sistema, conseguimos adotar o memorando eletrônico e, até agora, mais de 9 mil folhas impressas deixaram de circular”, finalizou a reitora.
Cases de sucesso apresentam projetos de empreendedorismo e sustentabilidade das instituições de ensino
Prêmio Simplifica – Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc)
leonardoO case “Prêmio Simplifica – Udesc”, apresentado pelo pró-reitor de planejamento da instituição, Leonardo Secchi, envolveu o engajamento da comunidade acadêmica na apresentação de soluções criativas para resolução simplificada de problemas institucionais. De acordo com o pró-reitor, para colocar a ideia em prática, foi divulgado um formulário com perguntas básicas como: “qual o problema identificado e qual seria a solução adotada, se você fosse um gestor”.
Com as propostas recebidas, a comissão organizadora realizou uma triagem, selecionou as melhores ideias e realizou a premiação dos participantes. “Definimos o prazo de um ano para implementar todas as dez propostas. Até agora já realizamos quatro delas”, destacou. Segundo Leonardo, a lógica do “Simplifica Udesc” está pautada em prioridades, legitimação política  (interna e externa) e no crowdsourcing de ideias (conhecer as propostas de quem sofre com a burocracia).
Para saber mais, confira aqui o regulamento do Prêmio Simplifica Udesc
Case Ecobags (IFC – Campus Ibirama)
ecobagsUma nova maneira de olhar o que seria descartado. Foi com essa ideia que surgiu, em fevereiro de 2016, o projeto “Ecobags”, desenvolvido pela aluna de tecnologia em Design de Moda, Lariane Davila Borges de Oliveira, sob orientação da coordenadora do curso Técnico em Vestuário, do IFC Ibirama, Isabela Dal-Bó.
De acordo com a estudante, o projeto surgiu da necessidade de encontrar uma solução para os banners antigos, que não tinham uma destinação adequada. “Conseguimos arrecadar, inicialmente, 200 banners. Então começamos a pensar em que produtos poderíamos desenvolver, até chegarmos na bolsa unissex”, contou.
Até chegar na ideia, a orientadora e a aluna estudaram os protótipos e ergonomia. “A primeira demanda, nós distribuímos gratuitamente na semana acadêmica do curso. Depois, começamos a desenvolver outros produtos, como carteiras de mão e bolsas”, afirmou.
Atualmente, as integrantes estão estudando novos protótipos para desenvolvimento de porta-banner, suporte para chimarrão e porta raquete de tênis. “Com o trabalho, conseguimos colocar uma sementinha na cabeça das pessoas para parar e pensar que o mundo não gira somente em torno do fast fashion, com o uso e descarte rápido”, finalizou Lariane.