Menu principal
 

Secretário da Agricultura palestra sobre agronegócio na Semana Acadêmica de Agropecuária

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

foto 2Os desafios, oportunidades e perspectivas do agronegócio brasileiro foram o tema da palestra proferida pelo secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, para os alunos do curso de Técnico em Agropecuária do Instituto Federal Catarinense (IFC) – Câmpus Camboriú, nesta quarta-feira (17).
Airton Spies iniciou sua carreira como Técnico Agrícola formado também pelo Colégio Agrícola de Camboriú em 1980. E em sua palestra, o secretário fez questão de apresentar o cenário atual do agronegócio catarinense e brasileiro e a importância da busca pelo conhecimento. “O Brasil é a bola da vez no agronegócio mundial, o país com maior potencial para crescimento nessa área e o setor é seletivo. Quem tem competência, se dedica e busca capacitação em nível técnico ou universitário terá mais espaço para o crescimento profissional”.
Atualmente, Santa Catarina conta com 195 mil propriedades rurais economicamente ativas, destas 90% tem menos de 50 hectares, ou seja, a grande maioria das propriedades catarinenses é de agricultura familiar. ” Nós somos o estado da agricultura familiar por excelência, mostramos que, mesmo com pequena extensão de terras, conseguimos ser o maior produtor brasileiro de cebola, maçã, suínos e ostras, e o segundo maior produtor nacional de arroz, de aves e de tabaco”, ressaltou o secretário.
A classificação de agricultura familiar e agronegócio como setores distintos é um equívoco, segundo Spies, já que na verdade o agronegócio é formado por toda produção agropecuária do país e isso inclui também a agricultura familiar. “A agricultura familiar merece esse respeito, essa consideração, por tudo o que ela faz pela economia do agronegócio brasileiro. O que existe é agricultura familiar e a agricultura patronal, e são as duas que formam o agronegócio brasileiro”.
Para transformar as pequenas propriedades em negócios rentáveis, o agricultor deve investir em produtos de qualidade, com custos competitivos, uma logística eficiente e em conformidade com a legislação. “A diferença entre vencidos e vencedores num mundo dinâmico está justamente naqueles que estão mais preparados para atuar com profissionalismo nos seus negócios, em constante atualização para incorporar as tecnologias e exigências que o mercado estabelece para a produção de alimentos”, explicou Spies.
A combinação das atividades de alta densidade econômica com tecnologia e conhecimento pode ser uma ferramenta de sucesso para a agricultura familiar. “Para ser competitiva a agricultura familiar deve produzir produtos de qualidade, com custos competitivos, uma logística que permita atender ao consumidor, a organização da cadeia produtiva e que atenda as exigências legais”, destacou o secretário Spies. Questões como sucessão familiar, a importância da captação, armazenagem e uso racional da água e da preservação ambiental também foram tratadas pelo secretário.
As perspectivas para o agronegócio brasileiro são muito boas, segundo Airton Spies. Inúmeras análises de entidades especializadas em estratégias de desenvolvimento apontam que o agronegócio do Brasil será a principal força motriz do desenvolvimento. O Brasil tem um leque de oportunidades para o agronegócio e é candidato a ser o maior produtor de proteína animal do mundo. “À medida que o poder aquisitivo da população aumenta, cresce também o consumo de proteína animal. E o Brasil tem uma grande capacidade de produzir biomassa, que pode ser transformada em proteína animal com a criação de gado e a produção de leite e também de produzir grãos que podem ser convertidos em frangos e suínos”.
Por fim, o secretário falou aos alunos sobre o papel dos profissionais de ciências agrárias para o desenvolvimento da agricultura. “O agricultor do futuro será um microempresário rural e irá precisar muito do conhecimento das ciências agrárias para buscar o sucesso de seu negócio”. Spies acredita que as áreas de gestão de propriedades rurais, piscicultura, maricultura, produção de mel e de produtos de origem florestal há um importante mercado a ser explorado. “Quem apostar na formação de ciências agrárias no Brasil, certamente terá espaço para trabalho, crescimento profissional e econômico”.
Texto e fotos: Ana Ceron/Assessora de Imprensa da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca