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Outubro rosa: servidora do IFC Camboriú conta como superou o câncer de mama

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

WhatsApp Image 2019-10-11 at 20.11.53 (1)E o pôr do sol, que ora refletia na sacada da sala, que encantava as lentes da câmera fotográfica da servidora do IFC Camboriú, Regina Eisfeld, simplesmente parou de brilhar. As cores alaranjadas e os tons rosados deram lugar ao cinza, ao opaco, ao sem vida. “Quando fiquei sabendo do câncer de mama, só conseguia ver tudo cinza”, contou. E assim ela parou de fotografar a sua paixão: o pôr do sol. Não enxergava mais o colorido dos dias, tudo ficou escuro.
Diagnosticada com câncer de mama em julho de 2017, Regina descobriu a doença quando foi fazer um exame de rotina, como já era de praxe desde os seus 18 anos. “Fiz a primeira cirurgia com 21 anos para retirada do nódulo (benigno) e desde então os médicos solicitaram um acompanhamento anual como forma de prevenção”. Regina encarava a rotina de forma natural e nunca pensou que teria a doença, quando recebeu a notícia em 2017. “No início foi muito difícil, foi um choque para mim. Precisei de ajuda psicológica”, relatou.Regina 1
Durante a primeira cirurgia para retirada do câncer, em 30 de agosto de 2017, foi detectado um outro tumor. Lá foi ela para a segunda batalha e encarou mais uma cirurgia. “Depois do procedimento, foram mais 30 sessões de radioterapia. Foi muito doloroso. Pensei em desistir de tudo, mesmo com o médico afirmando que as chances de cura eram de 95%, eu sempre achei que estava dentro dos 5%”. Sem ver mais as cores do pôr do sol, Regina aceitou a ajuda psicológica e o apoio do marido para conseguir vencer a doença. “Meu esposo ajudou muito! Ele foi fantástico, muito “para cima” e sempre transmitindo confiança durante o tratamento”, disse com um sorriso no rosto. A notícia da chegada do netinho foi crucial para que a vontade de viver renovassem as esperanças de Regina. “Pensei: agora sim tenho que ficar bem para ver ele nascer e crescer”, contou emocionada.
E o tratamento seguiu, ela venceu, voltou a enxergar as cores da vida e a beleza do pôr do sol. Parou de dar tanta importância para as “coisas pequenas” do dia a dia, que não merecem tanta preocupação. “A doença mudou a minha visão de vida. Depois de tudo o que passei, consigo fazer essa distinção, do que realmente é fácil de contornar e tem solução”, ressaltou.
Para as mulheres, Regina deixa um recado: façam os exames preventivos, cuidem-se. “Se eu tivesse esperado, poderia ser pior. Não tem que ter medo. É como já diz aquela frase: quem procura, acha. E quem acha, CURA”, destacou a servidora.
Fotos da servidora do pôr do sol:

* Crédito das imagens: Regina Eisfeld